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​Relação Terapêutica no Atendimento Psicológico online

Luciana Nunes
​(2018)
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Vou economizar a sua leitura,

Não há alteração significante na relação terapêutica que faça com que a intervenção psicológica online seja considerada menor ou de baixa resposta profissional. Sim, o atendimento psicológico online é eficiente e transformador.

Se essa não é  a sua opinião ou se gostaria de entender de onde cheguei nessa conclusão, leia o artigo!

​Hoje é o marco da evolução da Psicologia no Brasil. Entra em vigor a Resolução 11/2018 que regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de TICs - tecnologias da informação e da comunicação e revoga a Resolução CFP N.º 11/2012, que por proposta deste artigo. Agora denomino-os como serviços psicológicos online.
 
Vamos falar do início. Resolvi escrever o primeiro artigo relacionado a Atendimento Psicológico Online pelo princípio básico, que é a relação terapêutica.
 
Rangé (1995) afirma que a relação terapêutica poderá exercer influência positiva, se o terapeuta tiver participação efetiva no tratamento, já que, tendo-se desenvolvido uma relação terapêutica positiva, o cliente sente-se suficientemente confortável para fornecer as informações necessárias para a terapia (Lettner, 1995).
 
Da mesma forma, para Shinohara (2000), a relação terapêutica é vista como fator determinante do processo terapêutico, a qual pode facilitar o trabalho e a possibilidade de atingir metas, caso se estabeleça num clima de confiança e acordo harmonioso.
 
Horvath e Greenberg (1994) descreveram que a pesquisa na área de relação terapêutica demonstra resultados consistentes os quais, por sua vez, relacionam uma boa aliança com resultados positivos na terapia, e que a relação terapêutica tem sido um conceito-chave investigado nas duas últimas décadas.
 
Freud (1913/1996c, p.157) afirmou que: permanece sendo o primeiro objetivo do tratamento ligar o paciente a ele mesmo e à pessoa do médico.... Se se demonstra um interesse sério nele, se cuidadosamente se dissipam as resistências que vêm à tona no início e se evita cometer certos equívocos, o paciente por si próprio fará essa ligação e vinculará o médico a uma das imagos das pessoas por quem estava acostumado a ser tratado com afeição. É certamente possível sermos privados deste primeiro sucesso se, desde o início, assumirmos outro ponto de vista que não o da compreensão.
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Uma questão de referência, nomeio atendimento psicológico por que o termo psicoterapia ou terapia, não são de exclusividade da psicologia. Existem terapeutas alternativos e coaches (mesmo reconhecendo que toda linha que sustenta a pratica de Coach vem da Psicoterapia Breve, um dos ramos da psicologia) que utilizam o termo terapia focada em evidencias ou qualquer outra nomenclatura, mas não são capacitados como psicólogas (os).
 
Ou seja, o profissional de psicologia tem em sua formação uma graduação universitária de 5 anos com registro em Conselho Regional e Federal da Classe. O que proporciona aos profissionais filiados e associados o respaldo de atuação ética e profissional, assim como impede que ocorra o exercício ilegal da profissão, tanto por aquele que tem habilitação quanto para o leigo sem habilitação legal, mas atuando num campo ainda não reconhecido pelo Conselho. E agora, mais precisamente, na atuação online o psicólogo deverá ter uma inscrição no e-psi , Cadastro central do Conselho Federal de Psicologia que legitimara os profissionais com propostas no atendimento e serviços psicológicos online.
 
Bom para a Psicóloga(o), melhor para quem é  atendido!
 
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Falo e reitero que a Psicologia Online não é uma versão do atendimento Psicológico realizado presencialmente. É diferente! Motivo pela qual vou apresentar as particularidades desta profissão.
 
Dentro da atuação clinica psicológica temos duas grandes de demandas, os transtornos de ansiedade e de humor (depressão) e a partir desse campo trago dois estudos científicos da satisfação dos pacientes/clientes com a relação do atendimento psicológico online.
 
Ruwaard e colaboradores (2007) investigaram o impacto do atendimento clinico online no estresse relacionado ao trabalho em uma amostra de 239 participantes. Os resultados indicaram que os participantes classificaram a relação terapêutica do atendimento online como agradável (210/239, 88%) e pessoal (179/239, 75%); 136 de 239 (57%) perceberam a relação para crescer durante o tratamento, e 163 de 239 (68%) disseram que não sentiam falta do contato presencial.
 
Um segundo estudo realizado por Ruwaard e colaboradores (2009) investigou o impacto do atendimento psicológico online na depressão em uma amostra de 54 participantes. O estudo produziu resultados semelhantes aos anteriormente descritos, em que a maioria dos participantes avaliou a relação terapêutica ao atendimento psicológico online como agradável (47/54, 87%) e pessoal (42/54, 78%), percebeu a relação a ser crescendo durante o tratamento (42/54, 78%), e relataram que não sentiam falta do contato presencial (48/54, 89%).
 
Os resultados dos estudos indicaram que os pacientes ofereciam altas classificações para relacionamento terapêutico no atendimento psicológico online (ver Tabela).
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Abaixo trago 3 estudos que investigaram diferenças na relação terapêutica entre atendimento psicológico online presencial. Os resultados foram mistos, com dois estudos mostrando diferenças não significativas na aliança terapêutica (por exemplo, aliança global e várias subescalas) entre atendimento psicológico online e presencial, e um estudo mostrando escores mais altos para aliança terapêutica em atendimento online do que em psicoterapia tradicional presencial.
 
Kiropoulos e colaboradores (2008) investigaram se a aliança terapêutica no atendimento psicológico online é diferente do atendimento presencial em um estudo para transtorno do pânico e agorafobia. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre os grupos na relação terapêutica (t 47 = -1,02, P = 0,31, d = 0,29; de acordo com Cohen [37], um efeito de 0,2 a 0,3 representa um efeito pequeno 0,5 representa um efeito médio e 0,8 ou mais representa um efeito grande).
 
Reynolds et al (2004) compararam dados de atendimento psicológico online com dados de estudos presenciais publicados anteriormente. Os resultados indicaram que os pacientes deram altas classificações para relação terapêutica online, com os meios para as subescalas de vínculo e parceria entre terapeuta e paciente (média 5,97, SD 1,26) e colaboração confiante entre psicóloga(o) e paciente (média 6,19, SD 1,24) dentro do intervalo de médias relatadas para estudos prévios do atendimento presencial. A média de abertura (média de 5,27, DP 1,42) no atendimento online estava abaixo do intervalo de médias dos estudos de atendimento presencial.
 
No entanto, é importante notar que nenhum teste para significância estatística foi realizado.

Cook e Doyle (2002) investigaram se a relação terapêutica no atendimento online é diferente do atendimento psicológico presencial em uma amostra de 15 participantes. Os resultados indicaram que os escores totais da relação de trabalho (t 14 = 3,03, P <0,001, d = 0,60) e a concordância entre psicóloga(o) e paciente nas pontuações da subescala de metas da terapia (t 14 = 2,30, P = 0,03, d = 0,79) foram significativamente mais elevados na abordagem online do que nas intervenções presenciais, com tamanhos de efeito médio a grande. A concordância entre psicóloga(o) e paciente nas tarefas (t 14 = 1,26, P = 0,22, d = 0,22) e o vínculo entre psicóloga(o) e paciente também foram melhor classificadas (t 14 = 1,62, P = 0,12, d = 0,33) , embora a diferença não tenha atingido significância estatística e os tamanhos de efeito fossem pequenos.

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Isso tudo para dizer que não há uma alteração significante que faça com que a intervenção psicológica online seja considerada menor ou de baixa resposta profissional. O que dependera obviamente será a capacidade do profissional de proporcionar uma proposta de trabalho online, experiência tanto nas técnicas oferecidas quanto no entendimento e fluidez na informatização dos processos, assim como criar um Match entre psicóloga(o) e paciente/cliente em preferencias tanto tecnológicas quanto de abordagem psicológica.
 
A Psicologia Digital ou da Contemporaneidade não é brincadeira.
 
Tenho que admitir que existem limitações no atendimento psicológico online, e devo fazer um outro artigo sobre isso. Mas, como acredito que a relação psicológica é a grande linha mestre de todo atendimento profissional na saúde mental e de aprimoramento pessoal e profissional, espero ter deixado clara a posição de referência positiva da Psicologia Digital como base de toda promoção de bem-estar.
 
 
Referências bibliográficas
 
Tabela
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3411180/table/table3/
 
Cook JE, Doyle C. Working alliance in online therapy as compared to face-to-face therapy: preliminary results. Cyberpsychol Behav. 2002 Apr;5(2):95–105. 
 
Freud, S. (1996c). Sobre o início do tratamento. In J. Salomão (Org.), Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol.12, pp.135-158). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1913).
 
Horvath, A. O., e Greenberg, L. (1994) Introduction. Em Horvath, A. O., e Greenberg, L. (Orgs.) The Working alliance: Theory, Research, and Practice. pp. 109 128. Nova York, EUA: John Wiley e Sons, Inc.
 
Kiropoulos LA, Klein B, Austin DW, Gilson K, Pier C, Mitchell J, Ciechomski L. Is internet-based CBT for panic disorder and agoraphobia as effective as face-to-face CBT? J Anxiety Disord. 2008 Dec;22(8):1273–84. doi: 10.1016/j.janxdis.2008.01.008.S0887-6185(08)00017-0
 
Lettner, H. W. (1995). Avaliação Comportamental, Em Rangé, B. (Org.) Psicoterapia Comportamental e Cognitiva de Transtornos Psiquiátricos. (pp. 27- 32) Campinas, Editorial Psy.
 
Rangé, B. (1995). Relação terapêutica. Em Range, B. (Org.) Psicoterapia Comportamental e Cognitiva dos Transtornos Psiquiátricos. pp. 43-66. Campinas, Editorial Psy.
 
Reynolds DJ, Stiles WB, Grohol JM. An investigation of session impact and alliance in internet based psychotherapy: preliminary results. Couns Psychother Res. 2006;6(3):164–8. doi: 10.1080/14733140600853617.
 
Ruwaard J, Lange A, Bouwman M, Broeksteeg J, Schrieken B. E-mailed standardized cognitive behavioural treatment of work-related stress: a randomized controlled trial. Cogn Behav Ther. 2007;36(3):179–92. doi: 10.1080/16506070701381863.779266704
 
Ruwaard J, Schrieken B, Schrijver M, Broeksteeg J, Dekker J, Vermeulen H, Lange A. Standardized web-based cognitive behavioural therapy of mild to moderate depression: a randomized controlled trial with a long-term follow-up. Cogn Behav Ther. 2009 Dec;38(4):206–21. doi: 10.1080/16506070802408086.908748225
 
Shinohara, H. (2000). Relação Terapêutica: O que Sabemos Sobre Ela? Em Kerbauy, R. R. (Org.) Sobre Comportamento e Cognição. Conceitos, pesquisa e aplicação, a ênfase no ensinar, na emoção e no questionamento clínico. Vol 5, 1ª ed., pp. 229-233. Santo André: Ed. SET

​Luciana Nunes

Normas da ABNT Citações e Referências Bibliográficas

​NUNES, Luciana. Relação Terapêutica no Atendimento Psicológico Online. Disponível em:<https://www.psicoinfo.com.br/relaccedilatildeo-terapecircutica-no-atendimento-psicoloacutegico-online.html> .Data de acesso.

Sobre a autora
Luciana Nunes
Mestre em Ciências | Saúde Mental - NSU|EUA
Especialização em Psicoterapia Breve -  NC|EUA
Título de Psicóloga. Bacharelado em Psicologia. Licenciatura em Psicologia -  UGF|RJ
 
Fundadora do Instituto Psicoinfo (1999)
Membro do Grupo de Trabalho CRP/RJ – Psicologia Digital
Psicóloga Perita do Juízo – Tribunal de Justiça RJ | Crimes da Internet
Psicóloga Esportiva de Atletas de Alto Desempenho de Esportes Tradicionais e Eletrônicos. 
Psicóloga Coordenadora do Núcleo de Excelência em Saúde e Performance em Esportes Eletrônicos (NExSPEEL)
Palestrante sobre o Mundo Digital e Psicologia nos Esportes Eletrônicos
Consultora para mídia televisiva, impressa e digital - Globo, SBT, MTV, RedeTV entre outras.

Contatos
luciana.nunes@psicoinfo.com.br
​(21)99433.7435

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